domingo, 19 de abril de 2015

Ser ou não ser, eis a questão

Quão bobos podemos ser quando acreditamos sem pestanejar? Inocentes a ponto de acreditar sempre no melhor das pessoas? Porque insisto em acreditar nas entrelinhas quando as linhas gritam palavras duras contra mim? Parece que estou jogando em uma roleta viciada.

Ora, jogar? Nunca fui boa com jogos, dizem alguns que é preciso estratégia ou saber blefar, isso sempre complicou minha vida. Sempre gostei de apenas seguir e fazer minhas verdades como guia. Como mudo tudo agora?

Quão inocente posso ser a ponto de acreditar em olhares e sensações, quão dura devo ser para ignorar tudo e continuar sorrindo? Quanto de mim tenho que mudar pra me encaixar nesse mundo cheio de pessoas medrosas onde cada um vive em sua bolha, sua fantasia?

Quanto tenho que deixar de ser eu para deixar de sofrer? Quantos sorrisos desfeitos porque sempre fui ruim em decifrar as pessoas. E não, não culpo os outros, minhas ideologias furadas, minha visão otimista que sempre me coloca em roubada. Acreditar, eis a palavra que deveria ser extinta do meu vocabulário, pois admito que faço errado, uso-a em demasia.


Talvez um dia aprenda a não me importar, a ignorar. Talvez eu crie minha própria bolha, minha vitrine e sorria sempre com superioridade. Talvez também me arrependa de ter entrado pra nuvem cinzenta daqueles que desistiram de tentar ser quem são para engrossar a multidão sem rosto, sentimentos e propósitos.


quarta-feira, 15 de abril de 2015

É vida que segue

       Tenho o peito vazio e um sorriso forçado. Uma busca sem causa, nem encontros. Um caminho cheio de pedras e desvios. Muitos medos e nenhuma certeza. Esse é o fim de outra linha, começo de outro fim. Seguir é o castigo de quem quer ficar.