sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Ipês

          Uma coisa sobre mim, eu amo Ipês. Mas, como não se maravilhar com tanta cor, com tanta beleza? Sempre que chega a temporada deles parece que a cidade fica mais bonita, a vida fica mais divertida, o caminhar fica mais encantador.

          Às vezes penso que algumas pessoas são como essas árvores, tem um brilho natural, uma magia que encanta, onde apenas o seu existir já provoca alegria. E não são iguais, são tantas diferentes formas e cores.

        Tenho amigos que admiro pela lealdade, outros pela responsabilidade e senso de justiça, alguns conseguem tirar todas as preocupações da minha vida e me fazem voltar a ser criança, alguns gostam de sonhar comigo, de fazer planos. Alguns adoram fazer piadas e outros já me fazem acreditar que a vida é uma festa. Companheiros, amigos, colegas, irmãos... vocês fazem tudo valer a pena, fazem os dias tristes ficarem coloridos como as flores dos ipês. E eu amo tanto as diferenças, as misturas, os sorrisos de cada um de vocês, eu amo poder ser eu mesma sem ser julgada, fazer piadas bobas. Ei de agradecer todos os dias, pois, definitivamente não há alegria maior do que se ter amigos.


terça-feira, 22 de julho de 2014

Talvez o fim seja apenas o começo



Há horas estou aqui sentada, olhando o horizonte sem na verdade nada ver, as lágrimas que caem do meu do rosto não seguem um fluxo constante, às vezes parece que tudo fica pior. E o motivo? Bem, acho que é tudo.

Todas as decepções, todas as angústias, todos os medos, todos os abandonos, todos os sonhos deixados pra traz e talvez principalmente por ter sido forte por tanto tempo.

Hoje já me parece tudo a mesma coisa, a vida é uma grande bola de neve, que passa e atropela tudo, não dá tempo pra recuperar, pra levantar e colocar as coisas no lugar.

Esse vai e vem de sentimentos, essa montanha-russa de emoções me faz ver como somos pequenos diante da vida. Eu vou melhorar, sei disso, amanhã é outro dia. Só que às vezes precisamos nos deixar ficar de luto, desabafar, colocar tudo pra fora. Não conseguiria seguir em frente com todo esse peso em mim.  A cada lágrima que rola, fico mais leve. E Talvez o fim seja apenas o começo.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Simples assim


A noite nos envolve, não consigo ver muitas estrelas pela janela aberta, mesmo sem olhar para o lado continuo entrelaçando meus dedos no seu cabelo enquanto meus pensamentos voam... Sempre penso em como cada momento pode fazer a diferença na minha vida.

Abaixo meus olhos e vejo que pegou no sono, ainda posso sentir o calor do seu corpo em mim, seu braço pesando sobre mim em um abraço e então fico te olhando e tentando imaginar por um momento o que se passa em seus pensamentos.  Será que já amou alguém? Será quantas vezes já mentiu? O que será que te faz realmente feliz? Quais serão seus medos, suas angústias?


Penso que talvez nunca mais o veja, a vida é tão incerta, então te dou um beijo com o cuidado pra não te acordar... Traz essa paz te ver dormir, como se todos os problemas tivessem sumido, como se por um segundo a vida fosse simples e fácil, como respirar. Deito-me em seu peito e te abraço forte, você me beija a testa e volta a dormir... E talvez viver seja apenas isso, sentir cada momento e não se preocupar com o que vem no minuto depois.


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Ei medo, eu não te escuto mais!



Medo? Quem não tem que atire a primeira pedra. Essa sensação de impotência diante de alguma coisa é mais comum do que se pensa. E às vezes são companheiros de quase uma vida. O real intuito do medo é nos proteger, nos fazer ter cuidado, mas será que alguém consegue contar por quantas vezes ele também nos fez deixar nossos sonhos de lado?

O fato é que temos medos demais, medo de seguir, de recomeçar, de perder, de não conseguir. Ele nos deixa meio cegos, a verdade é essa, e na maioria das vezes a vida não é esse bicho de sete cabeças que os nossos medos desenham. Venho aprendendo que a melhor forma de vencer esse inimigo, é me jogar na batalha. Agora, bato de frente com cada um deles.


Confesso que um dos meus maiores medos era o de perder o controle. No entanto, tive que aceitar que na realidade não temos controle sobre nada, a vida segue seu curso, o que posso fazer é “ajustar as velas” e continuar navegando. É a filosofia do “aceita que dói menos”. Aprendi ainda que desapegar, se deixar levar, é uma boa solução pra vários problemas, não estou querendo dizer pra parar de decidir sobre o rumo das coisas, apenas mudar a estratégia. Existem vários caminhos para se chegar a um mesmo lugar. Se um não deu certo, mude, faça diferente, se reinvente. Encare seus medos de frente, essa é a única forma de vencê-los.

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar" 


sábado, 24 de maio de 2014

Ah, se eu soubesse...

Se eu soubesse aonde ir
Te levaria comigo
Mesmo sem a paz que procuro
Seu abraço me traz vida
Entre tantas perdas
Senti sua mão segurando a minha
E em meio a tanto cinza
Vi seus olhos brilharem
Em tão pouco tempo, sinto que ganhei tanto
Não tenho um rumo ou sequer uma certeza
Mas se isso pra ti não for problema
Ouso-me a pedir
Fique aqui
Que de mãos dadas, faremos nosso próprio caminho. 



terça-feira, 22 de abril de 2014

E sempre existem motivos para agradecer

Queria eu poder expressar toda a minha gratidão por tantas coisas maravilhosas que vem acontecendo, aliás, elas não vêm acontecendo, sempre estiveram aqui, talvez eu que nunca soube dar o devido valor.

Quando meus olhos pararam de ver somente o lado negativo das coisas, comecei a enxergar coisas lindas, não que minha vida virou um mar de rosas, afinal ser otimista também não faz milagres, mas sim, muda muita coisa. Sou imensamente grata por minha família, que mesmo tendo inúmeros defeitos, me recebe de uma forma tão acolhedora que faz eu me sentir a pessoa mais amada desse mundo, mesmo quando passei apenas um mês sem vir aqui.

Agradeço por ter amigos de infância, virtuais, animados, recatados, inusitados, grudentos, sérios, preocupados, estressados, infantis. Que escutam minhas crises existenciais, que dão crise de rir comigo, que me acompanham nos programas de índio, nas melhores baladas, ou simplesmente passam à tarde em casa conversando. São pessoas que não importam se eu não sou a mais bonita, a mais legal, a mais divertida, que me aceitam com todos os meus defeitos.

Sou grata por ter tido quem me incentivasse, quem me ensinou a querer ter asas, me fez ter vontade de voar muito, muito alto. Ensinou-me que não preciso ter medo, e que é possível inspirar uma pessoa mesmo estando a mais de 800 quilômetros dela.

Fico feliz por poder recomeçar, por ter sempre a oportunidade de fazer tudo diferente, de reinventar minha vida, de esquecer o medo e começar do zero. E confesso, que ando sentindo uma imensa vontade de conhecer o novo, de viver, de sentir meu coração bater mais forte e sei que não posso parar de procurar por isso, pois é essa busca que me mantém viva.


            

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Em cada abraço uma despedida

Noite passada sonhei contigo, me lembro do som da sua voz e da sua risada, era uma história alegre que me contava, sorria de forma tão feliz, me lembro como fosse agora, de cada traço seu, me lembrou as tardes que passamos conversando, contando histórias do nosso passado. E em um momento de descontração toquei suas mãos, e elas estavam frias... 

As lágrimas desciam pelo meu rosto exatamente como há um mês quando ouvi a notícia pela primeira vez, ainda não posso aceitar, ainda não consigo acreditar. Queria te abraçar agora, mesmo sabendo que não gostava muito de abraços e falar que gostava muito de você mesmo sabendo que ia dizer que eu era muito sentimental. Quem agora vai comigo no QG no meio do expediente comprar pastel ou ficar me chamando de criatura ou Lucrécia?

Tudo se foi tão rápido, num piscar de olhos essa nuvem cinza cobriu nossas vidas. Mais uma noite que não consigo dormir, ainda esse pesadelo que não consigo acordar.  Ana, Ana, Ana... Como queria que estivesse aqui. 


“Aqueles que amamos nunca morrem,
 apenas partem antes de nós.” Amado Nervo