terça-feira, 22 de abril de 2014

E sempre existem motivos para agradecer

Queria eu poder expressar toda a minha gratidão por tantas coisas maravilhosas que vem acontecendo, aliás, elas não vêm acontecendo, sempre estiveram aqui, talvez eu que nunca soube dar o devido valor.

Quando meus olhos pararam de ver somente o lado negativo das coisas, comecei a enxergar coisas lindas, não que minha vida virou um mar de rosas, afinal ser otimista também não faz milagres, mas sim, muda muita coisa. Sou imensamente grata por minha família, que mesmo tendo inúmeros defeitos, me recebe de uma forma tão acolhedora que faz eu me sentir a pessoa mais amada desse mundo, mesmo quando passei apenas um mês sem vir aqui.

Agradeço por ter amigos de infância, virtuais, animados, recatados, inusitados, grudentos, sérios, preocupados, estressados, infantis. Que escutam minhas crises existenciais, que dão crise de rir comigo, que me acompanham nos programas de índio, nas melhores baladas, ou simplesmente passam à tarde em casa conversando. São pessoas que não importam se eu não sou a mais bonita, a mais legal, a mais divertida, que me aceitam com todos os meus defeitos.

Sou grata por ter tido quem me incentivasse, quem me ensinou a querer ter asas, me fez ter vontade de voar muito, muito alto. Ensinou-me que não preciso ter medo, e que é possível inspirar uma pessoa mesmo estando a mais de 800 quilômetros dela.

Fico feliz por poder recomeçar, por ter sempre a oportunidade de fazer tudo diferente, de reinventar minha vida, de esquecer o medo e começar do zero. E confesso, que ando sentindo uma imensa vontade de conhecer o novo, de viver, de sentir meu coração bater mais forte e sei que não posso parar de procurar por isso, pois é essa busca que me mantém viva.


            

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Em cada abraço uma despedida

Noite passada sonhei contigo, me lembro do som da sua voz e da sua risada, era uma história alegre que me contava, sorria de forma tão feliz, me lembro como fosse agora, de cada traço seu, me lembrou as tardes que passamos conversando, contando histórias do nosso passado. E em um momento de descontração toquei suas mãos, e elas estavam frias... 

As lágrimas desciam pelo meu rosto exatamente como há um mês quando ouvi a notícia pela primeira vez, ainda não posso aceitar, ainda não consigo acreditar. Queria te abraçar agora, mesmo sabendo que não gostava muito de abraços e falar que gostava muito de você mesmo sabendo que ia dizer que eu era muito sentimental. Quem agora vai comigo no QG no meio do expediente comprar pastel ou ficar me chamando de criatura ou Lucrécia?

Tudo se foi tão rápido, num piscar de olhos essa nuvem cinza cobriu nossas vidas. Mais uma noite que não consigo dormir, ainda esse pesadelo que não consigo acordar.  Ana, Ana, Ana... Como queria que estivesse aqui. 


“Aqueles que amamos nunca morrem,
 apenas partem antes de nós.” Amado Nervo